10 Livros Clássicos para Entender as Relações Internacionais

10 Livros Clássicos para Entender as Relações Internacionais

Compreender as Relações Internacionais exige mais do que conhecer eventos históricos e acordos entre países — é preciso mergulhar nas ideias, teorias e debates que moldaram a forma como os Estados e os atores globais interagem. Ao longo do tempo, diversos autores ofereceram interpretações fundamentais sobre poder, diplomacia, segurança, economia e cooperação internacional. Neste artigo, selecionamos 10 livros clássicos que ajudam a entender as Relações Internacionais, obras indispensáveis para estudantes, pesquisadores e todos que desejam analisar o mundo com mais profundidade e senso crítico.

A Política entre as Nações – Hans Morgenthau

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“A Política entre as Nações”, de Hans Morgenthau, é um dos livros mais influentes da teoria das Relações Internacionais e referência central do realismo político. Publicado em 1948, o autor defende que a política internacional é governada por leis objetivas baseadas na natureza humana, sendo o poder o principal motor da ação dos Estados. Morgenthau argumenta que os Estados agem racionalmente para proteger seus interesses nacionais e sua sobrevivência em um sistema internacional anárquico. A obra introduz conceitos como interesse definido em termos de poder e o equilíbrio de poder, sendo leitura essencial para quem deseja entender os fundamentos da política externa e da geopolítica.

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Tragédia da Política das Grandes Potências – John Mearsheimer

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“A Tragédia da Política das Grandes Potências”, de John Mearsheimer, é uma obra central da teoria realista ofensiva nas Relações Internacionais. Publicado em 2001, o livro defende que, em um sistema internacional anárquico, os Estados nunca podem ter certeza das intenções uns dos outros — por isso, buscam constantemente aumentar seu poder para garantir sua segurança. Mearsheimer argumenta que essa busca inevitável por hegemonia leva a uma competição permanente entre grandes potências, resultando em conflitos recorrentes. A obra é fundamental para compreender as dinâmicas de rivalidade e ambição no cenário internacional.

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O Leviatã – Thomas Hobbes

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“O Leviatã”, de Thomas Hobbes, é uma obra clássica da filosofia política, publicada em 1651. No livro, Hobbes argumenta que, no estado de natureza — sem governo ou leis — os seres humanos viveriam em constante conflito, em uma guerra de todos contra todos. Para escapar desse caos, as pessoas fariam um pacto social, entregando seu poder a uma autoridade soberana, o Leviatã, que garantiria a ordem e a segurança. A obra é fundamental para entender as origens do pensamento realista e os fundamentos do Estado moderno nas Relações Internacionais.

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Diplomacia – Henry Kissinger

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“Diplomacia”, de Henry Kissinger, é uma obra abrangente que analisa a história das relações internacionais com foco nas grandes potências e em como elas moldaram a ordem mundial. Publicado em 1994, o livro combina narrativa histórica com análise estratégica, abordando desde o sistema de equilíbrio europeu criado após o Congresso de Viena até a Guerra Fria e o papel dos Estados Unidos na política global. Kissinger, ex-secretário de Estado norte-americano, defende uma abordagem realista da diplomacia, baseada no interesse nacional e no equilíbrio de poder. A obra é essencial para compreender as visões pragmáticas da política externa e os bastidores da tomada de decisão internacional.

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After Hegemony – Robert Keohane

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“After Hegemony”, de Robert Keohane, é uma obra fundamental da teoria neoliberal institucionalista em Relações Internacionais. Publicado em 1984, o livro questiona a ideia de que a cooperação entre Estados depende exclusivamente da liderança de uma potência hegemônica. Keohane argumenta que, mesmo em um sistema internacional anárquico e sem hegemonia, é possível haver cooperação sustentada graças à criação de instituições internacionais, que reduzem incertezas, estabelecem regras e promovem confiança mútua. A obra é essencial para entender o papel das organizações e regimes internacionais na governança global contemporânea.

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O Fim da História e o Último Homem – Francis Fukuyama

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“O Fim da História e o Último Homem”, de Francis Fukuyama, é uma obra publicada em 1992 que propõe uma tese polêmica: com o fim da Guerra Fria e a queda do socialismo soviético, a democracia liberal teria se consolidado como a forma final de governo, marcando o “fim da história” no sentido filosófico. Inspirado em Hegel, Fukuyama argumenta que os grandes conflitos ideológicos teriam se esgotado, e que o modelo político-econômico ocidental prevaleceria globalmente. Embora muito debatido e criticado, o livro é essencial para entender os debates sobre a ordem internacional no pós-Guerra Fria e os limites da democracia liberal.

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A Grande Transformação – Karl Polanyi

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“A Grande Transformação”, de Karl Polanyi, é uma obra clássica da economia política publicada em 1944. No livro, Polanyi analisa o surgimento da economia de mercado no século XIX e mostra como a tentativa de transformar todos os aspectos da vida em mercadorias — inclusive o trabalho, a terra e o dinheiro — gerou profundas crises sociais. Ele argumenta que o mercado autorregulado não é natural, mas uma construção histórica, e que sociedades reagem a seus efeitos destrutivos por meio de movimentos de proteção. A obra é essencial para compreender as origens do capitalismo moderno e os impactos sociais da liberalização econômica.

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O Homem, o Estado e a Guerra – Kenneth Waltz

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“O Homem, o Estado e a Guerra”, de Kenneth Waltz, é uma obra fundamental da teoria das Relações Internacionais, publicada em 1959. No livro, Waltz investiga as causas da guerra a partir de três níveis de análise — ou “imagens”: a natureza humana, as estruturas internas dos Estados e o sistema internacional. Ele argumenta que é a anarquia do sistema internacional — a ausência de uma autoridade central — que mais contribui para a ocorrência de conflitos entre Estados. A obra lançou as bases para o realismo estrutural e é leitura essencial para entender os debates sobre segurança, poder e guerra no cenário global.

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O Choque de Civilizações – Samuel Huntington

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“O Choque de Civilizações”, de Samuel Huntington, é uma obra publicada em 1996 que propõe uma tese provocadora sobre o futuro dos conflitos internacionais. Huntington argumenta que, após o fim da Guerra Fria, as disputas ideológicas e econômicas seriam substituídas por conflitos culturais entre grandes civilizações, como a ocidental, islâmica, chinesa, hindu e outras. Para ele, as diferenças religiosas, históricas e culturais se tornariam as principais fontes de tensão no mundo. Embora bastante criticada, a obra é influente e essencial para entender debates sobre identidade, geopolítica e o papel da cultura nas Relações Internacionais.

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Guerras Justas e Injustas – Michael Walzer

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“Guerras Justas e Injustas”, de Michael Walzer, é uma obra essencial da ética e da teoria política, publicada em 1977. No livro, Walzer analisa os princípios morais que devem orientar a guerra, resgatando e desenvolvendo a tradição da teoria da guerra justa. Ele distingue entre jus ad bellum (as razões legítimas para entrar em guerra) e jus in bello (os limites éticos durante o conflito), e discute casos históricos para ilustrar quando o uso da força pode ser moralmente justificado. A obra é um marco nos debates sobre ética, direitos humanos e o papel da moralidade nas Relações Internacionais.

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