A história muitas vezes privilegia vozes masculinas, mas foram diversas mulheres que lutaram, resistiram e pavimentaram caminhos para a igualdade. Neste post, destacamos 10 mulheres feministas cujas trajetórias atravessaram fronteiras, gerações e causas. Da luta pelo sufrágio ao questionamento dos paradigmas de gênero. Conhecê-las é reconhecer que nossa luta de hoje se sustenta em muitas lutas já vividas.
Patrícia Galvão (Pagu)
Figura emblemática no Brasil, Pagu foi escritora, jornalista e militante política.
Participou ativamente de movimentos culturais e de esquerda nas décadas de 1920 e 1930, articulando crítica social e intervenção política.
Seu legado é simbólico: desafiar papéis tradicionais de gênero e dar voz ao feminismo no Brasil urbano moderno.

Ada Lovelace
Matemática e escritora inglesa do século XIX, considerada uma das primeiras programadoras da história.
Trabalhou com Charles Babbage no protótipo da máquina analítica e vislumbrou ideias de “instruções” para a máquina, antecipando a concepção de software.
Sua visão pioneira rompeu com o estereótipo de que ciência e tecnologia seriam campos exclusivamente masculinos.

Simone de Beauvoir
Filósofa, escritora e ativista francesa, autora de O Segundo Sexo (1949).
Sua máxima “Não se nasce mulher: torna-se mulher” desafia concepções essenciais sobre identidade de gênero.
Influenciou o feminismo contemporâneo e o debate sobre existencialismo e liberdade.

Marie Curie
Cientista franco-polonesa, primeira pessoa a ganhar dois prêmios Nobel (Física e Química).
Realizou descobertas pioneiras em radioatividade e abriu caminho para mulheres nas ciências naturais.
Enfrentou resistências institucionais, mas tornou-se símbolo de persistência intelectual.

Clara Campoamor
Política e advogada espanhola, uma das vozes centrais na luta pelo sufrágio feminino na Espanha (século XX).
Foi eleita para o Parlamento Republicano e defendeu com vigor o direito de voto das mulheres.
Também engajou-se em causas de igualdade educacional e direitos civis.

Marie Goegg-Pouchoulin
Feminista e pacifista suíça do século XIX.
Fundou a Associação Internacional das Mulheres e o jornal Journal des Femmes.
Lutou pela igualdade de acesso à educação e pela participação política das mulheres.

Hermila Galindo
Escritora e ativista mexicana.
Defensora do sufrágio feminino no México, da educação sexual nas escolas e do divórcio.
Foi a primeira mulher a concorrer a cargo eletivo no México, simbolizando um passo visível para a participação política feminina.

Edith Garrud
Instrutora britânica de jiu-jítsu, envolvida no movimento sufragista no Reino Unido.
Treinou mulheres em técnicas de autodefesa e participou da formação do grupo “Bodyguard” que protegia líderes sufragistas.
Sua militância mostra que a luta feminista pode incorporar o corpo e a resistência física como parte da reivindicação simbólica.

Alaide Gualberta Beccari
Feminista e pacifista italiana do século XIX.
Editora do jornal Woman e militante pela emancipação feminina no contexto da unificação italiana (Risorgimento).
Lutou pela participação política, pelos direitos civis e pela visibilidade das mulheres intelectuais.

Frida Kahlo
Pintora mexicana e símbolo de força, Frida transformou a dor e o sofrimento em arte.
Suas obras refletem questões de identidade, corpo, gênero e política, tornando-a uma das figuras mais marcantes do século XX.
Com seu visual inconfundível e suas posturas firmes, tornou-se ícone do feminismo latino-americano e da cultura decolonial.

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