Dia Internacional da Mulher, 8 de março, é uma data dedicada a celebrar as conquistas sociais, políticas e culturais das mulheres ao redor do mundo e a chamar a atenção para as desigualdades e discriminações ainda presentes na sociedade. A data foi criada em 1910, durante a Segunda Conferência Internacional das Mulheres Socialistas em Copenhague, como forma de homenagear as mulheres que lutaram por melhores condições de trabalho, direitos políticos e igualdade de gênero. Desde então, o dia 8 de março se tornou um símbolo de luta pelos direitos das mulheres e uma oportunidade para destacar a importância da igualdade de gênero e do empoderamento feminino.
Sendo assim, separamos 5 brasileiras importantes para as Relações Internacionais para conhecer. Confira abaixo:
Tabela de conteúdos
8 de Março: Mulheres as Relações Internacionais
Lélia Gonzalez
Lélia Gonzalez (1935-1994) foi uma intelectual, filósofa, antropóloga, política e professora brasileira, militante do movimento negro brasileiro. Dentre suas importantes contribuições para as RI, destacam-se os ensaios Por um Feminismo Afro-latino-Americano (1988) e A categoria político-cultural de amefricanidade (1988). Lélia palestrou em eventos acadêmicos e conferências internacionais, dentre eles seu discurso Racism and its Effects in Brazilian Society no Women’s Conference on Human Rights and Mission (1979), em Genebra.
Bertha Lutz
Bertha Maria Júlia Lutz (1894-1976) foi uma bióloga, educadora, ativista feminista, política e diplomata brasileira que trabalhou pela aprovação da legislação que outorgou o sufrágio feminino. Bertha participou da Assembleia-Geral da Liga das Mulheres Eleitoras, nos EUA, e foi eleita vice-presidente da Sociedade Pan-Americana. Organizou o primeiro congresso feminista do país e, na Organização Internacional do Trabalho, discutiu a proteção do trabalho das mulheres. Em 1975, foi convidada pelo governo brasileiro a integrar a delegação do país no primeiro Congresso Internacional da Mulher, no México.
Sônia Guajajara
Sônia Bone de Sousa Silva Santos (1974), Sônia Guajajara da Terra Indígena Arariboia, no Maranhão, é uma líder indígena e política brasileira, atualmente Ministra dos Povos Indígenas. É formada em Letras e em Enfermagem e é especialista em Educação Especial. Sônia possui atuação internacional no Conselho de Direitos Humanos da ONU e, entre 2009 e 2019, encaminhou denúncias às Conferências Mundiais do Clima (COP) e ao Parlamento Europeu, entre outros órgãos e instâncias internacionais.
Sueli Carneiro
Aparecida Sueli Carneiro (1950) é uma filósofa, escritora, ativista do movimento negro brasileiro, fundadora e diretora do Geledés – Instituto da Mulher Negra. Dentre suas importantes contribuições para pensar o Brasil e as Relações Internacionais, evidenciam-se os artigos Enegrecer o feminismo: a situação da mulher negra na América Latina a partir de uma perspectiva de gênero (2011) e Noircir le féminisme (Enegrecer o feminismo) no livro Pensée féministe décoloniale (Pensamento feminista decolonial) (2022).
Maria José de Castro
Maria José de Castro Rebello Mendes (1891-1936) foi a primeira mulher a ingressar no serviço diplomático brasileiro. Frequentou a Escola de Comércio, estudando datilografia, contabilidade e economia e estudou sozinha matérias de direito. Era fluente em alemão, inglês, francês e italiano. Sua inscrição no concurso da carreira diplomática foi contestada e, mesmo após aprovada, não foi nomeada para cargos sem estar acompanhada do marido, também diplomata. Maria José foi empossada como a primeira mulher diplomata no Brasil pela então Secretaria de Estado das Relações Exteriores em 1918.
Importância da mulher na diplomacia
Em termos de diplomacia, as mulheres têm desempenhado papéis cada vez mais significativos na negociação de acordos internacionais, tratados e resoluções. Além disso, as mulheres têm liderado esforços para promover a cooperação internacional em áreas como comércio, desenvolvimento sustentável e mudanças climáticas.
Na área de paz e segurança, as mulheres têm se destacado como líderes na negociação de acordos de paz e na construção da paz pós-conflito. As mulheres também têm liderado esforços para prevenir a violência sexual e de gênero em conflitos armados e para promover a participação feminina nas forças de segurança e na tomada de decisões em questões de segurança nacional.
Além disso, as mulheres têm desempenhado papéis importantes no desenvolvimento internacional, trabalhando para melhorar a saúde, a educação e a igualdade de gênero em todo o mundo. As mulheres têm liderado esforços para garantir que as questões de gênero sejam levadas em consideração em todas as políticas e programas de desenvolvimento. No geral, a participação das mulheres nas relações internacionais é fundamental para garantir a igualdade de gênero, promover a paz e a segurança, e alcançar o desenvolvimento sustentável em todo o mundo.
Gostou do conteúdo? Aproveite para conhecer o nosso curso de Direitos Humanos.