Para te ajudar a compreender temas de Relações Internacionais, preparamos o Glossário de Relações Internacionais.
Muitas vezes, ao ouvir o termo ‘Ator’ no contexto das Relações Internacionais, é fácil imaginar os holofotes da TV Globo e seus famosos em cena. No entanto, no palco da política internacional, ‘atores’ desempenham um papel bem diferente. Se você já se sentiu confuso com o jargão de RI ou se perguntou o que realmente significam termos como ‘Estado-nação’, ‘Poder Suave’, e ‘Realismo’, você não está sozinho.
Desvendar o vocabulário de RI é essencial para entender as complexidades das interações globais e as notícias que moldam nosso mundo. Pensando nisso, preparei um glossário conciso para guiar você através dos termos mais importantes dessa área fascinante. Confira abaixo e transforme sua confusão em clareza, embarcando em uma jornada pelo dinâmico universo das Relações Internacionais.
Antes de iniciar a lista, se você tem interesse em compreender os fundamentos das Relações Internacionais, leia: Guia de Estudos das Teorias das Relações Internacionais.
Glossário de Relações Internacionais
Anarquia
- No contexto das RI, refere-se não à desordem, mas à ausência de uma autoridade centralizada globalmente reconhecida que possa impor ordem entre os Estados. Este conceito é central para teorias realistas, que veem o sistema internacional como um ambiente de autoajuda, onde a segurança é uma preocupação primordial dos Estados soberanos.
Anistia
- Um ato legal pelo qual o Estado perdoa indivíduos ou grupos por crimes políticos, geralmente adotado em contextos de transições políticas ou reconciliações nacionais, como uma maneira de superar divisões passadas e promover a unidade nacional.
Ator
- Além de Estados-nação, inclui organizações internacionais (como a ONU), corporações multinacionais, ONGs e até movimentos transnacionais. Esses atores desempenham papéis significativos nas RI, influenciando políticas, economia e questões sociais globais.
Auto-determinação
- Este princípio foi enfatizado na Carta das Nações Unidas e é um direito fundamental reconhecido internacionalmente, permitindo que nações e povos definam sua própria estrutura política e busquem seu desenvolvimento econômico, social e cultural.
Briefing
- Crucial em situações diplomáticas e militares, um briefing bem elaborado pode influenciar a tomada de decisões em momentos críticos, fornecendo análises concisas e precisas sobre a situação atual, riscos envolvidos e opções de ação.
Coalizão
- Frequentemente formadas em contextos de crises internacionais, coalizões podem ser essenciais para a execução de intervenções militares (como na Guerra do Golfo em 1991) ou respostas a desastres naturais, demonstrando a cooperação internacional em ação.
Coexistência pacífica
- Implementada durante a Guerra Fria, essa política buscava reduzir as tensões entre o bloco soviético e o Ocidente, propondo que a competição ideológica não deveria levar a conflitos armados, influenciando diretamente as relações diplomáticas da época.
Conflito
- A compreensão moderna abrange desde guerras convencionais entre Estados até conflitos assimétricos, envolvendo atores não estatais, como grupos terroristas. A análise de conflitos inclui causas, dinâmicas e potenciais resoluções.
Cúpula
- Tais reuniões, como o G7 ou a Cúpula do Clima da ONU, são vitais para a formulação de políticas globais concertadas sobre questões críticas, desde segurança internacional até mudanças climáticas, demonstrando a importância do diálogo e cooperação multilateral.
Deterrência
- Este conceito é fundamental na estratégia de segurança, especialmente no contexto da proliferação nuclear. A deterrência busca prevenir ações hostis não pela garantia de defesa, mas pela promessa de uma retaliação devastadora.
Embargo
- Além de ser uma ferramenta econômica, embargos podem ser usados como instrumentos de política externa para pressionar mudanças políticas ou comportamentais em outros países, como os embargos impostos a Cuba pelos EUA.
Estado-Nação
- A identidade nacional e a soberania são componentes-chave, com o Estado-nação servindo como o principal ator no sistema internacional. A formação da Europa pós-Tratado de Westfália em 1648 é frequentemente citada como o início da era moderna dos Estados-nação.
Estrutura
- No contexto de RI, refere-se ao arranjo global de poder, como a distribuição de poder entre Estados (polaridade) e as normas e regras que regulam as interações internacionais, influenciando como os atores se comportam no sistema internacional.
Fundamentalismo
- O ressurgimento do fundamentalismo em várias regiões do mundo tem profundas implicações para a política internacional, afetando relações bilaterais e multilaterais, políticas de segurança e debates sobre direitos humanos e liberdade religiosa.
Hard Power vs. Soft Power
- A eficácia de cada abordagem varia conforme o contexto. Enquanto o hard power pode oferecer soluções rápidas, o soft power é frequentemente mais sustentável a longo prazo, construindo influência através de atração cultural e valores compartilhados.
Hegemonia
- A hegemonia não se limita ao domínio militar ou econômico, mas também inclui liderança cultural e ideológica. A transição de hegemonias, como do Império Britânico para os Estados Unidos no século XX, demonstra como a dinâmica de poder global pode mudar.
Peacekeeping
- Operações de manutenção da paz da ONU exemplificam o uso de forças internacionais para estabilizar regiões após conflitos, monitorar acordos de paz e proteger civis, mostrando a cooperação internacional para a paz e segurança.
Proxy War
- A Guerra Fria fornece exemplos clássicos, como o conflito no Vietnã, onde EUA e União Soviética apoiaram lados opostos. Essas guerras podem ter impactos devastadores nas populações locais e na estabilidade regional.
Regime
- Em RI, o termo também se refere a conjuntos de normas e regras que regulam áreas específicas da interação internacional, como o regime de não proliferação nuclear, destacando a importância da governança global.
Rogue State
- A classificação de um Estado como ‘rogue’ pode influenciar as relações internacionais, justificando sanções ou intervenções. Contudo, a aplicação e implicações desse rótulo são frequentemente objeto de debates intensos.
Soberania
- A soberania é desafiada por questões transnacionais, como o terrorismo e as mudanças climáticas, que exigem respostas cooperativas além das capacidades de um único Estado, refletindo a complexidade da governança global.
Soft Power
- Exemplos de soft power incluem a promoção da língua e cultura francesas pela França ou o programa de bolsas Fulbright dos EUA, ilustrando como os Estados podem influenciar indiretamente, sem recorrer à coerção.
Think Tank
- Instituições como o Council on Foreign Relations (EUA) ou o Chatham House (Reino Unido) desempenham papéis cruciais na formulação de políticas, fornecendo análises aprofundadas e recomendações baseadas em pesquisa sobre desafios globais.
Glossário Completo da Revista Relações Exteriores
Para aprender mais sobre Relações Internacionais, confira o glossário completo com definições aprimoradas sobre importantes conceitos. Entenda os fundamentos das Relações Internacionais.