As teorias são importantes para os analistas de Relações Internacionais. São os ferramentais que precisamos para avaliar as interações entre atores internacionais em diferentes contextos.
Para além das correntes anglo-saxônicas tradicionais das Relações Internacionais, há uma crescente busca por pensar o mundo de uma nova perspectiva, como a dos países em desenvolvimento.
Tabela de conteúdos
Teoria Econômica da CEPAL
A teoria econômica da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL) define o desenvolvimento econômico como a acumulação de capital, o aumento de renda e de bem-estar material. A comissão entende que historicamente o desenvolvimento econômico ocorreu de forma desigual no sistema internacional, dividido entre centro e na periferia, e que para se desenvolver, é necessário fazer mudanças estruturais internamente nos países periféricos.
Teorias Críticas
As teorias críticas rejeitam a busca pela neutralidade. Elas partem do pressuposto de que os fatos são frutos de estruturas sociais e práticas políticas, sendo falsa a separação entre ciência e política. Nas Relações Internacionais, o objetivo das teorias críticas é propor alternativas emancipatórias à dominação humana a partir de mudanças estruturais na ordem internacional.
Teorias Feministas
As teorias feministas em Relações Internacionais, assim como as teorias críticas, têm como objetivo a emancipação, nesse caso, com relação à dominação patriarcal de gênero. As teorias abrangem tanto a produção de conhecimento no campo quanto as relações no sistema internacional, mais especificamente nas construções sociais, normas e instituições.
Teoria Marxista
A teoria marxista em Relações Internacionais se debruça sobre a relação entre o sistema internacional e o capitalismo. O sistema é composto por países centrais e periféricos, e os modelos de desenvolvimento dos primeiros são prescritos aos últimos. Algumas categorias importantes para a teoria marxista são: poder, classes, ordem doméstica e internacional e hegemonia.
Teorias Pós-coloniais
As teorias pós-coloniais em Relações Internacionais se dedicam às representações coloniais de dominação (racial, étnica, de classe, gênero, entre outras), hierarquia e poder na política internacional. As teorias propõem a revisão da história das RIs e a subversão de conceitos centrais, a exemplo da noção de Estado-Nação, com o objetivo de descentralizar e descolonizar as relações internacionais.
É importante ressaltar que existem muitas outras teorias e abordagens em Relações Internacionais, algumas das quais são consideradas fora do mainstream. No entanto, as teorias mainstream geralmente são mais amplamente aceitas e usadas na pesquisa e prática em Relações Internacionais.
Referências
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