O que é balança de poder?

O que é balança de poder?

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O conceito de balança de poder surge quando um Estado atinge grande influência nas esferas bélica, militar, tecnológica e econômica, tornando-se um hegemon capaz de amedrontar outros Estados. Esses Estados, ameaçados pela capacidade do “poder de fogo” do hegemon, sentem-se vulneráveis a ataques que poderiam resultar na invasão e anexação de seus territórios em uma guerra sangrenta. Para preservar a paz, esses Estados ameaçados precisam unir forças e criar estratégias para neutralizar o poder do hegemon emergente.

Balança de Poder
Balança de Poder

A balança de poder é crucial, de acordo com os autores realistas, para bloquear o avanço descontrolado do novo hegemon. Caso esse Estado evolua rapidamente em termos econômicos, bélicos, militares e tecnológicos, os demais Estados se tornarão inferiores, incapazes de alcançar o novo hegemon, colocando em risco sua própria paz. A cooperação entre esses Estados, mediante acordos para investir em capacidades técnica e militar, fortalece-os para neutralizar o poder hegemônico que ameaça a estabilidade global.

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Balança de poder: Surgimento

O termo “balança de poder” ou “equilíbrio de poder” ganhou destaque com a assinatura da Paz de Vestfália após a Guerra dos Trinta Anos (1618-1648), inicialmente um conflito religioso na Europa germânica que se expandiu devido a interesses políticos e territoriais.

Inspirados pelo Realismo clássico e moderno, teóricos realistas do século XX e XXI, como Kenneth Waltz, desenvolveram teorias sobre a guerra nas Relações Internacionais. Waltz, um renomado cientista político, contribuiu significativamente para a compreensão da política internacional, destacando a importância do equilíbrio de poder.

Hans Morgenthau, outro expoente realista, categorizou o equilíbrio de poder em oposição direta e competitiva. Raymond Aron complementou essa visão, ressaltando a importância das alianças para a segurança dos Estados. A Segunda Guerra Mundial trouxe o conceito inovador de “equilíbrio do terror” de Aron, marcado pela paz de impotência durante a Guerra Fria, quando as potências detinham meios de destruição em massa.

Atualmente, os EUA se preocupam com a ascensão da China, uma potência que investe maciçamente em tecnologia, especialmente na tecnologia 5G. A China, agora uma potência bélica e militar significativa, tornou-se um foco de atenção global, levantando questões sobre a manutenção do equilíbrio de poder no cenário internacional.

Balança de Poder na Guerra Fria

A Guerra Fria, que ocorreu após a Segunda Guerra Mundial, é um exemplo clássico para entender a dinâmica da balança de poder, com a União Soviética (URSS) e os Estados Unidos (EUA) como principais protagonistas. A Guerra Fria não envolveu um conflito militar direto entre essas superpotências, mas foi marcada por uma intensa competição ideológica, política, militar e tecnológica entre o bloco comunista liderado pela URSS e o bloco capitalista liderado pelos EUA.

Fatores de Equilíbrio:

  • Armas Nucleares: Ambos os países desenvolveram arsenais nucleares significativos, levando a um estado de “equilíbrio do terror”. A posse de armas nucleares por ambas as superpotências impediu uma guerra direta, pois o potencial de destruição mútua era avassalador.
  • Alianças Militares: A formação de alianças militares foi uma estratégia para equilibrar o poder. A OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte), liderada pelos EUA, e o Pacto de Varsóvia, liderado pela URSS, foram criados para consolidar aliados e aumentar a influência em diferentes regiões do mundo.
  • Influência Global: As superpotências competiam pela influência global, apoiando regimes aliados e intervindo em conflitos regionais para promover seus interesses. Isso levou a uma constante busca por equilíbrio e contrapeso entre as esferas de influência.

Dinâmica de Conflito e Equilíbrio:

  1. Corrida Armamentista: Ambos os lados estavam envolvidos em uma corrida armamentista, desenvolvendo novas armas e tecnologias para manter ou superar o poder do outro. Isso contribuiu para a rápida evolução das capacidades militares e tecnológicas.
  2. Espionagem: A espionagem desempenhou um papel crucial na busca por informações sobre as intenções e capacidades do adversário, permitindo ajustes contínuos nas estratégias para manter o equilíbrio.
  3. Proximidade de Conflitos Regionais: Conflitos regionais, como a Guerra do Vietnã e a Guerra na Coreia, foram influenciados pela rivalidade entre os blocos, resultando em intervenções diretas ou indiretas para manter a balança de poder.

Declínio da Balança de Poder:

O equilíbrio de poder persistiu até o final da Guerra Fria, quando a URSS enfrentou problemas econômicos e políticos internos. O declínio da União Soviética e o colapso do bloco comunista resultaram na ascensão dos Estados Unidos como única superpotência global, alterando significativamente a balança de poder.

A dinâmica da Guerra Fria fornece insights sobre como as superpotências competem, colaboram e buscam equilibrar o poder para evitar conflitos diretos e manter a estabilidade global.

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Bibliografia

BOBBIO, Noberto. “Os problemas da Guerra e as vias da paz.” São Paulo: UNESP, 2003. Acesso em 31 de agosto de 2021.

CARVALHO, Bruno Leal Pastor de. “A ‘Paz de Vestfália’: marco das relações internacionais.” Café História – história feita com cliques. Disponível em: https://www.cafehistoria.com.br/paz-de-vestfalia-marco. Acesso em 31 de agosto de 2021.

CASTRO, Marcus Faro de. “De Westfalia a Seattle: a teoria das relações internacionais em transição.” Cadernos do REL, Nº 20. Universidade de Brasília, 2º Semestre de 2001. Acesso em 31 de agosto de 2021.

CORRÊA, Fernanda G. “A Balança de Poder sob a ótica de Kenneth Waltz: Uma discussão sobre a teoria sistêmica.” 2016. Acesso em 31 de agosto de 2021.

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